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Inteligência Emocional
Por Maria Luisa Andrade –
Daniel Goleman em seu livro “Inteligência Emocional – A Teoria Revolucionária que Redefine o que é Ser Inteligente”
na parte quatro, capítulo doze ele dedica apenas às famílias.
Temas interessantes, atuais e pertinentes a esse assunto.
No mesmo ele fala sobre os pais que são mais impositivos e aqueles mais permissivos, sendo esses dois extremos.
Diante dessa leitura e desse capítulo comecei a observar algumas situações e o quanto algumas crianças sentem dificuldade em lidar com frustrações, e como muitas vezes demonstram hesitação diante de novos desafios e ficam esperando que algum adulto realize tarefas simples que elas são capazes de fazer por “medo de errar”.
É de partir o coração vermos essas crianças se cobrando a esse ponto, tão pequenos e cheios de crenças limitantes.
Situações que muitas vezes irão refletir até a vida adulta podendo causar baixa autoestima e sentimento de fracasso.
A família, seja ela como for constituída, é o nosso primeiro contato social.
Muitas vezes essas crenças começam em casa, dentro de nossos próprios lares.
Momentos que deveriam ser de diversão familiar acabam limitando essas crianças.
São cobranças excessivas ou a falta delas, experiências negativas e muitas vezes palavras proferidas por pessoas que amamos e admiramos.
Saber lidar com as adversidades do cotidiano é muito importante para transformar as crenças limitantes em aprendizagens, o que chamamos hoje de ressignificação, e como ensinar os pequenos desde a mais tenra idade a lidarem e atribuírem novos significados a essas situações?
Daniel Goleman destaca em seu livro cinco aptidões necessárias para desenvolver a inteligência emocional, sendo elas:
- Conhecer as próprias emoções;
- Lidar com emoções;
- Motivar-se;
- Reconhecer emoções nos outros;
- Lidar com relacionamentos.
Segundo o autor, conhecer as próprias emoções é o que está além do autoconhecimento.
É tentar identificar quando uma emoção ou sentimento lhe provoca alguma reação; lidar com emoções é saber ponderá-las, prezando sempre seu bem-estar físico e mental; motivar-se é colocar as emoções no controle de qualquer atividade que se propõe a exercer com autocontrole, moderando a satisfação antecipada e controlando a impulsividade; reconhecer as emoções nos outros está relacionado à sua capacidade de se colocar no lugar de alguém, ou seja, empatia mútua, o que torna a pessoa sensível a “ouvir” as emoções das pessoas; lidar com relacionamentos é a sua capacidade de liderar e de se relacionar, sendo essa a competência intrapessoal.
Ao estimularmos as cinco aptidões acima citadas você consegue imaginar como seria a sociedade?
Seríamos pessoas capazes de se autocontrolar diante de situações de raiva, medo, ansiedade e frustração; frente a obstáculos criaríamos novas estratégias, pensado sempre de maneira positiva.
E buscando alternativas que iriam favorecer o bem-estar próprio e o de todas as pessoas envolvidas; iríamos nos responsabilizar pelas nossas atitudes, sendo humildes ao reconhecer nossos deveres perante a sociedade em que estamos inseridos.
Desse modo, muito provavelmente nossos direitos como cidadãos não precisariam ser lembrados. Respeitaríamos mais as diferenças e não teríamos tantos padrões sociais impostos.
Até a próxima!
Maria Luisa Andrade
Referências bibliográficas:
Disponível em: <http://radiomais.am.br/2017/11/20/inteligenciaemocional-vale-mais-que-qi-alto/>. Acesso em 23 abril 18.
Guleman, D. Inteligência emocional – A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Editora: Objetiva; 1996.