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O Tempo Que Deixamos Passar

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Por Maria Luisa Andrade –

O uso excessivo das tecnologias nos tornou pessoas individualistas e incapazes de escutar de modo respeitoso quando uma pessoa necessita de uma palavra amiga.

Esquecemos que é a interação com o outro que nos faz evoluir.

Neste sentido, torna-se extremamente importante conhecer as pessoas que fazem parte do nosso convívio, se preocupar com esse sujeito de modo com que ele se sinta acolhido a ponto de falar sobre suas emoções e sentimentos, sem se preocupar com os julgamentos.

Esse tipo de relacionamento começa em casa entre responsáveis e filhos.

Quebrar tabus é essencial para criarmos uma relação de intimidade.

Esconder, privar e reprimir não é o melhor caminho.

Hoje em dia é comum encontrar pessoas em restaurantes, cinemas, parques, lugares onde as possibilidades de interação e aprendizagem são muitas, fechadas em seus smartphones “seguindo” ou sendo “seguidas” por milhões de pessoas.

Que sociedade é essa que estamos criando?

É essa a vida que queremos para as nossas crianças?

Incluir a escola nestes questionamentos é fundamental, tendo em vista que ela faz parte do processo de educação de todos.

Mas isso só será possível quando nós começarmos a entender que a melhor forma de conseguirmos nos unir é socializando, trocando experiências que possam contribuir com a aprendizagem de todos.

Para que isso se torne um processo natural, precisamos nos conscientizar da importância dos valores sociais, morais e éticos, e nos responsabilizarmos por eles.

Pois a partir deste momento será quase que inevitável essa mudança.

“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, frase do cientista francês Lavoiser, resume tudo que foi descrito a cima.

E quando me refiro aos valores estou falando sobre aqueles básicos para uma boa convivência: o respeito com você mesmo e com o próximo, a empatia (mútua), a compaixão pelas pessoas que são “esquecidas” nas ruas e se tornou algo tão normal que nem nos incomoda mais.

Ser ético é saber respeitar as diferenças sem se questionar a respeito da vida do outro, sem idealizar um filho, sem esperar que outro seja como você quer.

Já vi muitos casos de pais que estudaram e hoje são pessoas bem sucedidas, que depositam toda essa carga nos filhos, esquecendo que cada sujeito é único e deve ser respeitado.

Devemos desde a primeira infância dialogar com as nossas crianças, estabelecendo um vínculo que permaneça na adolescência
e até na vida adulta.

E assim, juntos, estabelecermos metas, objetivos e sonhos.

É comum na primeira infância vermos crianças em aulas de natação, balé, futebol, inglês sendo acompanhadas por babás, avós e pessoas próximas da família, pois seus pais trabalham e não possuem tempo para participar da vida dos filhos.

Saiba que vocês, pai e mãe, são insubstituíveis na vida deles.

A sua presença, seu carinho, seu abraço pode mudar a história da sua família.

A vida é feita de escolhas.

E o que você esta escolhendo para a sua família?

O educador Gabriel Chalita diz: “Por melhor que seja uma escola, ela nunca vai suprir a carência de uma família ausente.

Portanto, a família deve participar de verdade do processo educativo de seus filhos”.

Encher um baú com bens materiais não irá preencher o coração do seu filho.

Mas se encher o baú de histórias e momentos é a melhor maneira de acessar os padrões emocionais.

E assim participar de maneira significativa na história de vida das crianças.

Tendo em vista que depois diante de situações parecidas essas emoções e sentimentos serão sempre lembrados de maneira positiva.

E, aquele brinquedo caro, poderá se perder no meio de tantos outros e acabará caindo no esquecimento.

O importante não é o tempo que você pode ficar com seu(s) filho(s) e sim a qualidade e o que será priorizado naquele momento.

Reflita sobre o tempo que você tem priorizado para o(s) pequeno(s).

Maria Luisa Andrade – Coordenadora Pedagógica na Escola Futura

Referências Bibliográficas:
Disponível em: <https://www.ebiografia.com/antoine_lavoisier/>. Acesso em 17 abril.
2018.
Disponível em: <https://kdfrases.com/frase/162413>. Acesso em 17 abril 18.
Disponível em: <http://www.allandeaguiar.com/2010/07/blog-post_3623.html>. Acesso
em 17 abril 18.

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