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Tecnologias da Informação e Comunicação no Contexto Educacional

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Por Alexandre Rivero –

As tecnologias da informação e comunicação utilizam como rede para sua viabilização a internet.

Surgiram e-mail, chat, fóruns, blogs, comunidades virtuais, Facebook, WhatsApp entre outros recursos que estão transformando a maneira de nos relacionarmos e impactando na vida das pessoas.

Em especial a educação tem utilizado estas facilidades; assim alunos em lugares distantes ou alunos especiais com dificuldade de locomoção, bem como pessoas que optam por aprender no conforto de suas casas sentem-se encorajadas através de cursos online.

Também a educação presencial passa a encontrar nestas tecnologias apoio para a mediação do conhecimento.

A velocidade da informação e o aprendizado online criam possibilidades ilimitadas de troca de experiências entre alunos, tutores e educadores.

A aprendizagem online adapta-se a disponibilidade de tempo, a palavra flexibilidade ganha espaço no contexto virtual.

Pessoas beneficiam-se destes recursos a serviço da educação e comunicação interpessoal.

Contudo precisamos observar que estas trocas no ambiente educacional devem estar amparadas numa atmosfera ética com respeito legítimo pela pessoa.

Esta maneira de relacionar-se possibilita a criação de grupos informais nas instituições educacionais entre alunos, pais e educadores, produzindo informações sobre rotinas escolares, exigências acadêmicas, atualização de conteúdos programáticos; porém devemos ponderar que nem sempre estes grupos que se dizem “fechados” são efetivamente fechados.

Esta tecnologia sempre está ensejando que tudo se torne público em segundos.

Assim temos fotos pessoais, vídeos particulares, textos com nomes privados espalhados na grande rede podendo produzir danos à pessoas e instituições que poderão de forma justa reivindicar seus direitos quando atingidos na sua credibilidade dentro dos princípios da legalidade.

É preciso lembrar que o estatuto do menor prevê a preservação da exposição pública da identidade, imagem, enfim da pessoa da criança ou do adolescente.

Não sendo possível veicular informações, nomes, atos, documentos, fotografias e ilustrações que identifique menores envolvidos em acontecimentos que poderiam afetar a reputação ou causar danos morais.

Assim a utilização destes meios de comunicação sejam eles formais ou informais no contexto escolar devem exigir cautela, zelo para que não criem um ambiente tóxico de falsas informações, fofocas, intrigas, distorções de fatos, exposição de alunos, educadores e instituição educacional de maneira vulgar.

Banalizando os valores fundamentais que a escola pertinente a sua filosofia educacional está comprometida em estabelecer no processo ensino-aprendizagem.

É de responsabilidade da escola levar a cabo ações consequentes de educação para a utilização das tecnologias de informação e comunicação, preparando alunos éticos no uso destas mídias digitais.

Advertindo quando utilizadas de maneira distorcida pela comunidade educacional (alunos, pais e professores) gerando bullying, ameaça a privacidade de pessoas ou mesmo perturbando e dificultando o bom andamento das atividades educacionais.

Consideremos um conjunto significativo de atividades educacionais.

Ocorrem junto à escola como sendo altamente privativas: entrevistas com pais, reuniões com exposição do desempenho educacional,  avaliações do desenvolvimento do educando,

incidentes comuns entre crianças no ato de educar,

emoções expressas por crianças e familiares.

Educar implica em lidar com o âmago das pessoas, muito além da mera transmissão de conteúdo.

Portanto o valor central da educação é a pessoa humana.

A título de democratizar a informação, não podemos aceitar que assuntos privados e que referem-se ao universo da intimidade pessoal da criança sejam expostos publicamente.

Alexandre Rivero, psicólogo clínico, mestre em psicologia escolar pela USP, professor universitário e diretor do Consultório de Psicologia Alexandre Rivero.


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